Na noite anterior havia chovido e ventado muito e no caminho encontramos várias árvores caídas. Depois que estacionamos o carro, em frente ao velho portão de madeira, começamos a ouvir barulhos estranhos. Demoramos um pouco até identificar um velho eucalipto gigante que pendia rangendo sobre o muro, bem na direção do carro estacionado. Afastamos um pouco o automóvel e entramos sob os estalos da madeira que cedia rapidamente.
Andamos alguns metros sobre o mato que cobre a maior parte do lugar e onde poucos jazigos ainda sobrevivem ao desgaste do tempo. A maioria das ossadas foi retirada dali depois que o lugar foi abandonado e começou a ser depredado. Avançamos em direção à capela construída para proteger do vento as chamas das velas e para acolher familiares quando estes ainda freqüentavam o local para orar pelos seus entes queridos. Ali encontramos a nossa primeira surpresa macabra.
Um osso humano, provavelmente um fêmur, fora displicentemente deixado sobre o altar. Ao redor dele pentagramas e manchas de cimento queimado revelaram a prática de rituais sinistros. Demos alguns passos para trás e deixamos a capela, até pisarmos em cacos de uma garrafa de rum espalhados pelo chão, ao lado de outro osso.
Já tínhamos nos afastado uns cem metros da capela, seguindo para o lado esquerdo do cemitério, quando vimos o primeiro sinal de que alguma coisa estava muito errada. A tampa de um túmulo estava parcialmente afastada e via-se um pedaço do cimento que cobria a terra. Dois jazigos à frente, do lado oposto, nos deparamos com algo impressionante.
Um túmulo profanado, com o cimento quebrado, as vigas de ferro que davam sustentação à tumba à mostra, e dentro os restos do que um dia foi um caixão de madeira, descobrindo a coluna vertebral e a bacia que pertenceram a um homem que morreu aos 70 anos, em 1965, e a quem concluímos que os fêmures largados na capela pertenciam. O crânio não estava mais lá....
Relato enviado em 2008 por ikis123 para o site Sobrenatural.Org